A dona de algumas idéias :)

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Amanda Rodrigues tem 23 anos e está ainda aprendendo como é, mas com toda a certeza sabe Quem está seguindo! :) Tem dois sonhos: vai rodar o mundo fotografando e vai ser uma mãe maravilhosa um dia. Cursa fotografia que definitivamente é algo que ama. Até gostaria de ser jornalista, se pudesse escrever só sobre o que gosta na hora que quer. Louca por lojas de departamentos, por comprar livros (e não necessariamente lê-los), é maníaca por promoções, além de impulsiva emotiva e ter uma repulsa básica à rotina. Ama sentar ao sol, colocar os papos em dia e compartilhar novidades e idéias. Sonhou, pesquisou e programou todo o seu casamento, o noivo aceitou cada detalhe e certamente foi um dos momentos mais lindos da sua vida hehehe :)

11 janeiro 2011

Robert Capa - Fotografia :)

Eu sou bem suspeita pra falar sobre ele pq eu adoooooooro fotografia de guerra, então..
                              
Robert Capa (nome original de batismo: André Friedman) nasceu em Budapste em 22 de Outubro de 1913 numa família judia. Estudou Ciências Políticas na Universidade de Berlim mas acabou tornando-se um fotógrafo autoditata, tendo começado a trabalhar como assistente de um laboratório fotográfico na Editora Ullstein. Em 1933, emigrou para Paris onde, para escapar à persiguição nazista, mudou o nome para Robert Capa e começou a trabalhar como fotógrafo independente, tendo apenas 22 anos quando registrou o primeiro dos cinco conflitos que testemunhou – a Guerra Civil Espanhola (1936-39). 
Suas fotografias da Guerra Civil de Espanha atraíram a atenção para o seu nome em Paris. A sua primeira série já incluia a Morte de um Realista Espanhol (1ª foto abaixo), que continua a ser a sua fotografia mais conhecida e discutida. Viajou até à china, Itália, França, Alemanha e Israel. Em 1938, a revista britânica Picture Post publicou oito páginas de fotos de Capa, então com 25 anos, e setenciou: “o maior fotógrafo de guerra do mundo”. 
O seu talento para transmitir de forma penetrante os sentimentos e sofrimento das pessoas nas guerras civis ou rebeliões numa só fotografia, valeu-lhe grande admiração e fama internacional. A sua obsessão pelo trabalho fez dele o mais célebre dos correspondentes de guerra do século XX. Mas Capa não se limitou a criar um modelo e a desempenhar um trabalho exemplar. A sua obra é um manifesto contra a guerra, a injustiça e a opressão. 
Amigo de  Cartier-Bresson – com quem fundou a célebre Agência Magnum  -, Robert Capa queria ser escritor. Para contar suas andanças pelo mundo, escreveu Ligeiramente fora de foco, publicado em 1947 e lançado no Brasil pela Cosac Naify, com mais de cem das imagens que o autor produziu. 
No fim do post você lê um pedaço do primeiro capítulo de "Ligeiramente fora de foco"
Capa morreu na Guerra da Indochina, em 25 de maio de 1954, ao pisar sobre uma mina. Seu corpo foi encontrado com as pernas dilaceradas. A câmera permanecia entre suas mãos.


'Se as fotografias não são suficientemente boas, é porque não se está suficientemente perto.'  


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Robert Capa | Cosac Naify






Caso você queira saber mais sobre Robert Capa, foi lançado um livro que  foi organizado pelo biógrafo Richard Whelan e por Cornell Capa, irmão do fotógrafo, :) O nome é: Robert Capa – Fotografias (Cosac & Naify; 191 páginas; 78 reais)

"Capa mostrava o horror de todo um povo no rosto de uma criança"
- definição do escritor e amigo John Steinbeck, 


" Capítulo 1 - do Livro "Ligeiramente fora de foco"
verão de 1942
Não havia mais absolutamente nenhuma razão para levantar de manhã. Meu estúdio ficava no último andar de um prediozinho de três andares na Ninth Street, com uma claraboia no teto, uma cama grande no canto e um telefone no chão. Nenhum outro móvel – nem um relógio. A luz me acordava. Eu não sabia as horas e não estava especialmente interessado. Meu dinheiro se limitava a uma moeda de cinco centavos. Eu não ia me mexer enquanto o telefone não tocasse e alguém sugerisse algo como um almoço, um trabalho ou pelo menos um empréstimo. O telefone se recusava a tocar, mas minha barriga gritava. Entendi que qualquer tentativa de dormir seria inútil.
Rolei na cama e vi que a senhoria tinha enfiado três cartas por baixo da porta. Durante as últimas semanas, minha única correspondência era da companhia telefônica ou da companhia elétrica, então o mistério da terceira carta me tirou da cama.
Claro, uma das cartas era da Consolidated Edison. A segunda era do Departamento de Justiça, informando que eu, Robert Capa, ex-húngaro, no momento sem nacionalidade definida, passava a ser classificado como estrangeiro potencialmente inimigo e como tal devia entregar minhas câmeras, binóculos e armas de fogo e teria de solicitar uma permissão especial para qualquer viagem que me levasse a mais de quinze quilômetros de Nova York. A terceira carta era do editor da revista Collier’s. Ele dizia que, depois de analisar durante dois meses meu portfólio, a Collier’s chegara à súbita conclusão de que eu era um grande fotógrafo de guerra e que seria uma grande satisfação me contratar para um trabalho especial, que havia sido feita uma reserva para mim em um navio que partiria para a Inglaterra dentro de 48 horas e que anexo estava um cheque de 1 500 dólares de adiantamento.
Ali estava um problema interessante. Se eu tivesse uma máquina de escrever e caráter suficiente, teria escrito uma resposta à Collier’s, contando que eu era um estrangeiro inimigo, que não podia ir nem a Nova Jersey, quanto mais à Inglaterra, e que o único lugar para onde podia levar minhas câmeras era o Departamento de Propriedade de
Estrangeiros Inimigos, na Prefeitura.
Eu não tinha máquina de escrever. Tinha uma moeda no bolso. Resolvi jogar a moeda para o alto. Se desse cara, eu tentaria me safar até com assassinato e iria para a Inglaterra; se saísse coroa, eu devolveria o cheque e explicaria a situação para a Collier’s.
Joguei a moeda e deu. . . coroa!
Entendi então que não havia futuro numa moeda, que eu ia aceitar e sacar o cheque e que daria algum jeito de ir para a Inglaterra. "

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